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sábado, 14 de janeiro de 2012

Revista Reformada - Sermões Expositivos na Carta de Tiago 8 de 9 - Hernandes Dias Lopes



O poder triunfante da paciência

Referência: Tiago 5.7-12

7Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. 8Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima. 9Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta. 10Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. 12Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.”

INTRODUÇÃO
1. Tiago começa a sua carta com uma chamada à perseverança sob as provações (1:2-4) e termina a carta exortando os crentes a serem pacientes até à vinda do Senhor (5:7-8). As provas e não experiências místicas são o caminho da santificação e do aperfeiçoamento (1:4).
2. Em (1:12) a recompensa é a coroa da vida e (5:7-8) a recompensa é a vinda de Cristo. No começo o caminho da perfeição é a oração (1:5) e no final da carta, ele volta ao mesmo tópico (5:13-18). No começo oramos por nós, no fim oramos pelos outros.
3. Tiago fala da segunda de Cristo sob dois aspectos:
1) Como uma alegre esperança (5:7-8 e 10-11);
2) Como uma temível expectativa (5:9,12).
Para os salvos, o Senhor vem trazendo compaixão e misericórdia (5:11). Para os ímpios o Juíz vem (5:9), trazendo julgamento (5:12). Ao mesmo tempo em que a vinda do Senhor será o dia glorioso para o seu povo, será o terrível Dia do Senhor para os ímpios. Ilustração: O fazendeiro que zombava dos crentes trabalhando em frente à igreja no domingo. Colheu mais que os crentes e mandou uma carta para o jornal explicando sua posição: Enquanto os crentes iam para a igreja eu trabalhei. Colhi mais que eles. Deus não me castigou. O que vocês pensam disso? O jornalista publicou a carta e colocou uma nota de rodapé: Deus não ajusta suas contas na colheita. Veja o Salmo 73.
4. A vinda do Senhor é um sinal de alerta sobre o perigo do mau uso da língua. Devemos ter cuidado para não nos queixarmos uns dos outros (5:9). Também devemos ter cuidado para não fazer juramentos impróprios (5:12). É mais fácil fazer um voto do que cumpri-lo. Mas se fazemos um voto, devemos cumpri-lo, porque Deus não gosta de tolos (Ec 5:4). É mais importante ser real do que dramático. Nosso sim deve significar sim e o nosso não deve significar não. Devemos ser íntegros em nossa palavra. Não podemos ser pessoas divididas internamente. Devemos ser livres de uma mente dupla. Devemos ser íntegros com Deus e com os homens. Praticamos uma devoção à verdade com os nossos lábios porque a verdade habita em nós.
5. A vinda do Senhor está próxima (5:8), está às portas (5:9).
6. Enquanto Jesus não volta não esperamos vida fácil neste mundo (Jo 16:33). Paulo nos lembra de que é em meio a muita tribulação que entramos no Reino (At 14:22). Devemos ser pacientes até Jesus voltar.
7. Mas como podemos experimentar esse tipo de paciência até Jesus voltar? Tiago dá três exemplos de paciência para encorajar os crentes:

I.A PACIÊNCIA DO LAVRADOR – V. 7-9
1. Se uma pessoa é impaciente, ela nunca deve ser um agricultor. O agricultor planta a semente certa, no campo certo, no tempo certo, sob as condições certas. A semente não nasce, cresce, floresce e frutifica da noite para o dia. Apenas o erva daninha cresce sem cuidado. O agricultor não tem nenhum controle sobre o tempo. Muita chuva pode danificar a lavoura. Falta de chuva pode pôr toda a colheita a se perder.
2. O agricultor na Palestina dependia totalmente das primeiras chuvas vinham em outubro (para o plantio) e das últimas chuvas que vinham em Março (para a colheita). O tempo está fora do seu controle. Ele tem que confiar e esperar. É Deus quem faz a semente brotar, germinar, crescer e frutificar. Ele não pode fazer nada nesse processo (Mc 4:26-29).
3. Por que o agricultor espera? Porque o fruto é precioso (5:7). “E não cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl 6:9). Tiago descreve o crente como um agricultor espiritual que procura uma colheita espiritual. “Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima” (5:8).
4. O nosso coração é o solo. A semente é a Palavra de Deus. Há estações para a vida espiritual como há estações para o solo. Muitas vezes nosso coração se torna seco e cheio de espinhos (Jr 4:3). Então Deus manda a chuva da sua bondade e alimenta a semente plantada, mas devemos ser pacientes para esperar a colheita.
5. Deus está procurando frutos em nossa vida (Lc 13:6-9). Devemos produzir o fruto do Espírito (Gl 5:22-23). E o único meio de darmos frutos doces é sermos provados (1:2-4). Em vez de ficarmos impacientes, devemos saber que Deus está trabalhando em nós.
6. Você só pode se alegrar nessa colheita espiritual, se o seu coração estiver fortalecido (5:8). Um coração instável não produz fruto. Um agricultor está sempre trabalhando em sua lavoura. Deus está trabalhando em nós para tirar de nós uma colheita abundante. Um lavrador não vive brigando com os seus vizinhos. Ele está cuidando da sua própria lavoura. Não devemos perder o foco e viver falando mal uns dos outros (5:9).

II. A PACIÊNCIA DOS PROFETAS – V. 10
1. Os profetas foram homens que andaram com Deus, ouviram a voz de Deus, falaram em nome de Deus, mas passaram também por grandes aflições. Eles trilharam o caminho estreito das provas e foram pacientes. Privilégio e provas caminharam juntos na vida dos profetas. Privilégio e sofrimento, sofrimento e ministério caminham lado a lado na vida dos profetas.
2. Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi cerrado ao meio. Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade. Ele viu o cerco de Jerusalém e chorou ao ver o seu povo sendo destruído. Daniel foi banido da sua terra e sofreu pressões quando jovem. Sofreu ameaça e perseguição por causa da sua fidelidade a Deus, a ponto de ser jogado na cova dos leões. Ezequiel também foi duramente perseguido.
3. Estêvão denunciou o sinédrio: “Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos” (At 7:52).
4. Jesus disse: “Bem-aventurado sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas antes de vós” (Mt 5:11-12).
5. Quando você estiver enfrentando sofrimento, não coloque em dúvida o amor de Deus, gente que andou mais com Deus do que você, também passou pelas aflições. Seja paciente.
6. Paulo diz: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3:12). Nem sempre obediência produz vida fácil! “Se a igreja for mais perseguida, será mais fiel? Não. Se ela for mais fiel será mais perseguida”. Isso significa que Deus não nos poupa das aflições, mas ele nos assiste nas aflições. Exemplo: Elias anunciou ao ímpio rei Acabe que a seca viria sobre Israel. Ele também sofreu as consequências da seca, mas Deus cuidou dele e lhe deu vitória sobre os ímpios.
7. A vontade de Deus jamais levará você, onde a graça de Deus não possa lhe sustentar. A nossa paciência em tempos de prova é um poderoso testemunho do evangelho àqueles que vivem ao nosso redor.
8. Rm 15:4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Quanto mais conhecemos a Bíblia, mais Deus pode nos consolar em nossas tribulações.
9. Como um agricultor, devemos continuar trabalhando e como os profetas, devemos continuar testemunhando.

III. A PACIÊNCIA DE JÓ – V. 11-12
1. “Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes…” (5:11). Mas você não pode perseverar a não ser que haja provas em sua vida. Não há vitória sem luta. Não picos sem vales. Se você deseja a bênção, você tem que estar preparado para carregar o fardo e entrar nessa guerra.
2. Certa feita, ouvi um cristão orar: “Oh Deus ensina-me as profundezas da tua Palavra. Eu desejo ser arrebatado até o terceiro céu e ver e ouvir as coisas maravilhosas que tu tens lá”. Embora a oração tenha sido sincera, ela partiu de um crente imaturo. Paulo foi arrebatado até o terceiro e viu e ouviu coisas gloriosas demais para contar. E como resultado Deus colocou um espinho em sua carne para mantê-lo humilde (2 Co 12:1-10). Tem que existir um equilíbrio entre privilégios e responsabilidades, bênçãos com fardos.
3. O livro de Jó pode ser dividido assim: (1-3) – As perdas de Jó; (4-31) – As acusações contra Jó e sua defesa contra os ataques de seus amigos; (38-42) – a restauração de Jó. As circunstâncias estavam contra Jó; os homens estavam contra Jó; a sua esposa estavam contra Jó; seus amigos estavam contra Jó. Ele pensou que Deus estava contra ele. Satanás estava contra ele. Mesmo assim, ele perseverou! Ele provou que um homem pode amar a Deus acima dos bens, da família e da própria vida. Jó derrubou as duas teses de Satanás.
4. Jó era um homem piedoso, justo, próspero, bom pai, sacerdote da família, preocupado com a glória de Deus. Deus dá testemunho a seu respeito. Deus o constitui seu advogado na terra. Satanás prova Jó com a permissão de Deus.
a) Jó perdeu todos os seus bens.
b) Jó perdeu todos os seus filhos.
c) Jó perdeu a sua saúde – (1:22) e (2:10) – mostram que Jó não pecou.
d) Jó perdeu o apoio da sua mulher.
e) Jó perdeu o apoio dos seus amigos.
f) Jó faz 16 vezes a pergunta: Por quê?
g) Jó expressa sua queixa 34 vezes.
h) Deus faz 70 perguntas para Jó.
i) Deus restaura a sorte de Jó, dando-lhe o dobro dos bens. Por que não deu o dobro dos filhos? Porque quando os animais foram embora, eles realmente foram. Eles não tinham almas imperecíveis. Mas quando os filhos foram fisicamente, eles na verdade não foram. Eles estavam com Deus no céu. Assim, agora, Jó tem dez filhos no céu e dez filhos na terra.
j) Jó esperou pacientemente no Senhor e Deus o honrou. Ele não explicou nada para Jó, mas quando Jó não conhecer os porquês de Deus, Jó pode conhecer o caráter de Deus (Jó 42:5). A maior bênção que Jó recebeu não foi saúde e riqueza, mas um conhecimento mais profundo de Deus. Isso é a própria essência da vida eterna (Jo 17:3).
k) O livro de Jó nos prova que Deus tem propósitos mais elevados no sofrimento do que apenas punir o pecado. O propósito de Deus no livro de Jó é revelar-se como o Deus cheio de bondade e misericórdia (5:11). Jó passou a conhecer o Senhor de uma forma nova e mais profunda e também bênçãos maiores. O propósito de Satanás era fazer de Jó um homem impaciente com Deus. Isto porque um homem impaciente com Deus é arma nas mãos do maligno (Abraão, Moisés, Pedro).
l) Cuidado para não fazer tolos no sofrimento (5:12).

CONCLUSÃO
Tiago deseja encorajar-nos a ser pacientes em tempos de provas. Como um agricultor, devemos esperar por uma colheita espiritual, por frutos que glorifiquem a Deus. Como os profetas, devemos procurar oportunidades para testemunhar mesmo no meio do sofrimento. Como Jó, devemos esperar para que o Senhor complete seu amoroso propósito em nós em nosso sofrimento, com o firme propósito de conhecer a Deus mais profundamente.


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Esta série de sermões foi extraída do site Palavra da Verdade. Todos os sermões foram pregados pelo Reverendo Hernandes Dias Lopes.
Para ler, ouvir e assistir mais sermões acesse:
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Para fazer o Download do sermão basta clicar em qualquer link, ou você pode lê-lo abaixo.
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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Revista Reformada - Sermões Expositivos na Carta de Tiago 7 de 9 - Hernandes Dias Lopes



Qual é o valor que o dinheiro ocupa na sua vida?
1Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. 2As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. 3O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. 4Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. 5Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. 6Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.”
Tiago 5:1-6

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Uma Defesa ao Estudo de Teologia

Este áudio é um estudo que fiz com a Mocidade da minha Igreja. Como não consegui gravar no mesmo dia, resolvi gravá-lo em casa. Nele eu procuro defender o estudo de teologia abordando três pontos:

1)      Todos nós já somos teólogos.
2)      O estudo mais importante que o homem pode realizar é o de Teologia.
3)      Uma abordagem bíblica nos textos de 2 Pedro 1:20 e Êxodo 20:12.

Para fazer este estudo eu tomei como base as aulas ministradas pelo pastor Frankin Ferreira na Escola Charles Spurgeon, bem como suas palestras na Conferência Fiel de 2011. Além deles também usei o livro “Teologia Sistemática” e “Questõs Últimas”, ambas do autor Vincent Cheung. Para saber mais clique nos links.




- Transcrição -

Teologia
A palavra Teologia é de origem grega e é formada por duas palavras:

Θεóς
Theos, que significa Deus ou Divindade.

E

Λóγος
Logos, ou Logia, que significa Estudo, Palavra ou Razão.

Então, em seu estado mais simples, Teologia significa o estudo de Deus.

Teologia Cristã
Tendo em vista o significado de teologia, ocorre-nos uma pergunta: “O que vem a ser teologia Cristã?”.
Teologia Cristã é o estudo de Deus segundo Ele se revela no livro máximo da religião Cristã que é a Sagrada Escritura.

Uma Defesa ao Estudo de Teologia
Acredito que esse é um ponto importante para nós pensarmos, pois há muitas pessoas que menosprezam o estudo de Teologia. Eles citam erroneamente 2 Coríntios 3:6 onde diz que “... a letra mata e o Espírito vivifica” para tentar justificar essa prática. Eles vão argumentar que não precisam estudar para aprende sobre Deus, pois o Espírito fala diretamente aos próprios corações através da Escritura. Que o tempo que se gasta no seminário poderia se gastar evangelizando e salvando vidas.
Porém, se Teologia é o Estudo de Deus, alguém que evangeliza já está fazendo Teologia. À medida que essa pessoa fala sobre Deus como Criador da Terra, ou quando ela fala do perdão dos pecados concedidos na Cruz, ou ainda algo bem mais simples como cantar um hino ou fazer uma oração, essa pessoa já está fazendo Teologia. Ainda que essa pessoa seja católica, islâmica, kardecista (ou seja, espírita), alguém ligado à umbanda ou ainda um ateu, se essa pessoa pensar em Deus, ela já está fazendo Teologia.
Então isto nos faz todos teólogos. Logo, o que está em questão aqui não é quem é teólogo ou quem não é teólogo, mas quem é um bom teólogo e quem é um mau teólogo.
Esse é o meu primeiro ponto de defesa ao estudo de Teologia. Todos já somos teólogos.

O meu segundo ponto é que o estudo mais importante que o homem pode realizar é o de Teologia. Esse ponto tem uma abordagem filosófica, então eu peço aos irmãos uma atenção mais acentuada. Pensemos.
Quais as questões últimas da vida? Primeiro, darei uma definição de questões últimas. As questões últimas são as questões de última importância, tal que, as suas respostas guiam a nossa forma de pensar, agir e ver o mundo. Ou seja, as questões últimas definem o que é a realidade última, que é a realidade verdadeira. Alguns exemplos de questões últimas são: Deus Existe? Se existe como nós podemos conhecê-lO? Há algum sentido para a vida? Há vida após a morte? O que é realidade? Nós podemos conhecer algo?
Visto que o Cristianismo se autoproclama a única religião verdadeira, e a ressureição de Cristo ao terceiro dia comprova essa veracidade, então podemos concluir que todas as outras religiões ou filosofias que tentam responder essas perguntas respondem de maneira errada. Ora, sendo o Cristianismo o único caminho para responder a essas perguntas de forma correta, então ele é o único sistema de pensamento que pode mostrar com veracidade a realidade última. Como é a Teologia Cristã que se preocupa em dá resposta a essas perguntas, isso faz o estudo de Teologia o estudo último que o homem pode realizar.
O Teólogo Vincent Cheung escreveu o seguinte em seu livro “Teologia Sistemática”: “A palavra TEOLOGIA refere-se ao estudo de Deus. Quando usada num sentido mais amplo, a palavra pode incluir todas as outras doutrinas reveladas na Escritura. Ora, Deus é o supremo ser que criou e até agora sustenta tudo o que existe, e a teologia procura entender e articular, de uma maneira sistemática, a informação por ele revelada a nós. Assim, a teologia se preocupa com a realidade última. Visto que é o estudo da realidade última, nada é mais importante. Porque contempla e discuta essa realidade, ela, consequentemente, define e governa cada área da vida e do pensamento. Portanto, assim como Deus é o ser ou realidade última, a reflexão teológica é a atividade humana última”.

E em terceiro lugar, uma abordagem Bíblica.
O texto de 2 Pedro 1:20 diz “... nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”.
O que esse texto diz para nós? Ele diz que ninguém pode ter uma interpretação própria ou individual da Escritura. Mas se nós não podemos ter uma interpretação individual, nós temos que ter uma interpretação conjunta. Ou seja, a interpretação de um texto feito por nós tem que está de acordo em primeiro lugar, com a mensagem de toda a Escritura e em segundo lugar com a interpretação dada pela Igreja de Cristo como um todo. Mas como nós poderemos saber o que a Igreja de Cristo diz sobre determinado versículo se nós não estudarmos a teologia que a Igreja de Cristo desenvolveu e vem desenvolvendo há mais de dois mil anos de história? Nós não devemos mais olhar para a história da Igreja simplesmente como um conjunto de datas e de personagens, mas sim como esses grandes homens e mulheres do passado interpretaram as Escrituras.
O segundo texto que eu gostaria de fazer menção é o texto que se encontra em Êxodo 20:12. Esse texto é o Mandamento que Deus nos manda honrar nossos pais. Esse mandamento não é somente para os nossos pais de sangue, mas ele se estende aos nossos pais espirituais, aqueles homens e mulheres que nutriram a fé em nós.
Isso faz um paralelo direto com o Texto de 2 Pedro. Seguindo esse raciocínio, além dos nossos pais naturais, dos nossos irmãos, pastores e presbíteros que nos ajudaram e ainda ajudam a crescer na nossa fé, nós devemos honrar aqueles grandes homens do passado que ajudaram a toda a Igreja a interpretar passagens difíceis da Escritura. Homens como Agostinho, Irineu de Lion, Lutero, Calvino, John Owen, Jonathan Edwards, Spurgeon, e ainda aqueles homens que Deus levantou hoje para nos ajudar nessa caminhada, como John Piper, John MacArthur, R. C. Sproul, J. I. Packer. Estes são homens que merecem todo nosso respeito como pais espirituais que nos ajudaram e continuam nos ajudando a amadurecer espiritualmente. Os Pais da Igreja, os Reformadores, os Puritanos e tantos outros foram homens que contribuíram de uma maneira muito grandiosa para a Igreja Cristã.
Que Deus nos abençoe e nos guie no estudo de Teologia.



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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino
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