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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Resenha de: "O Habitat Humano: O Paraíso Criado", por Heber Carlos de Campos




CAMPOS, Heber Carlos de. O Habitat Humano: O Paraíso Criado. São Paulo: Hagnos, 2011. 172 p.

Autor da resenha:
Hélio Sales[1]

Rev. Dr. Heber Carlos de Campos é um respeitado ministro presbiteriano e autor brasileiro. Ele é PhD. em teologia sistemática pelo Concordia Theological Seminary, Saint Louis, Missouri, EUA, e possui várias obras nesta área, mais especificamente em cristologia e em teontologia. As suas obras de maior destaque são O Ser de Deus e Seus Atributos de 1999, A Providência de Deus e Sua Realização Histórica de 2001, As Duas Naturezas do Redentor de 2004, A união das naturezas do Redentor de 2005, A humilhação do Redentor, Encarnação e Sofrimento de 2008 e A Humilhação do Redentor, Sua morte e sepultamento todos pela editora Cultura Cristã.
Na obra O Habitat Humano, o que Dr. Campos faz é analisar os dois primeiros capítulos de Gêneses procurando ali aprofundar vários aspectos do paraíso originalmente criado por Deus quando o pecado ainda não havia entrado no mundo. Sua busca é fazer um contraste com o estado original da criação e seu estado caído atual. Ele divide o livro em cinco partes e estas em dez capítulos.
A primeira parte trata da realidade geográfica do Jardim. Nela Campos descreve a área do Éden, onde se localiza o Jardim. O livro todo é bem descritivo, porém em nenhum momento é cansativo. É interessante notar alguns aspectos da obra do Senhor que por vezes passam despercebidos.
A segunda parte do livro é dividida em quatro capítulos e todos tratam de uma maneira mais bem detalhada do Jardim. Dr. Campos analisa quatro aspectos dele. O primeiro é da rica flora plantada por Deus lá (Gn 2:9). Como é de se esperar, o autor faz uma análise das duas árvores mais importantes naquele lugar: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Dr. Campos faz uma ótima análise dessas duas árvores e seus significados espirituais. O segundo aspecto é a provisão alimentícia no jardim. Apesar de ser bem curto, tendo praticamente duas páginas, é interessante notar como a região mais fértil que o mundo já possuiu é hoje uma área seca e desértica. O terceiro aspecto é a abundante irrigação do Jardim. Este é um dos capítulos mais interessantes do livro. Nele o autor trata dos quatro rios que regavam o Éden, a saber, Pison, Giom, Tigre e Eufrates (Gn 2:11-14). A análise se estende e faz uma abordagem arqueológica sobre quais seriam hoje esses quatro rios. É claro que a natureza dessa pesquisa é complicadíssima e só se pode haver suposições de quais seriam esses quatro rios. Uma das grandes complicações nessa pesquisa é fato de que não se sabe que mudanças geográficas o dilúvio trouxe ao planeta. O autor analisa as duas vertentes de pensamento sobre o assunto: a dos que acreditaram que houve grandes mudanças geográficas e a daqueles que pensam o oposto. Independente de qual das duas esteja correta, o fato é que há evidências da existência e localização dos quatro rios citados em Gênesis. O quarto aspecto analisado é a riqueza das terras do Jardim. A Bíblia relata que o Jardim é muito rico em ouro e outras pedras preciosas (Gn 2:11,12). A análise aqui novamente vai além de simplesmente relatar o que a Bíblia diz, mas o autor lida com a dificuldade apresentada no texto que é identificar as pedras citadas no livro.
Na terceira parte do livro, Dr. Campos mostra as qualidades morais do habitat humano. Essa parte é dividida em dois capítulos. O primeiro aspecto é a realidade do trabalho no paraíso de Deus. Quando Deus cria Adão, Ele não o coloca descansando em sombra e água fresca, ainda que houvesse muito disso lá, mas Deus dá ordens de trabalho a Adão! E a natureza do trabalho estabelecido por Deus era completa, ou seja, era um trabalho tanto físico quanto mental. Como parte do trabalho físico que estava sob sua responsabilidade, ele tinha que cuidar do jardim (Gn 2:15). E como parte mental, ou intelectual do trabalho, Adão teve a função de nomear todos os animais criados por Deus (Gn 2:19, 20). Sem dúvida uma abordagem excelente. O autor mostra muito bem que a ideia de um paraíso ocioso que muitas vezes é pensado e idealizado hoje vai de encontro as realidade estabelecida pelo Senhor nas Escrituras. Para uma realidade brasileira que constantemente procura o caminho mais curto para as resoluções de seus problemas, o autor foi muito feliz em mostrar que o trabalho não é algo proveniente do pecado, mas é algo criado e determinado por Deus e, por isso, é bom. O segundo aspecto é sobre a liberdade na criação original. Dr. Campos não entra na esfera filosófica sobre se Adão tinha ou não livre arbítrio. O que ele faz nessa parte do livro é retornar a realidade das árvores da vida e da do bem e do mal. Ele faz uma abordagem do homem habitando entre essas árvores e sua responsabilidade diante da ordem de Deus de que o homem não poderia comer do fruto da árvore do bem e do mal mostrando, assim, que a liberdade do homem era limitada por uma ordem direta de Deus. Sem dúvida esses dois capítulos são um dos melhores do livro, perdendo apenas para o próximo capítulo.
A quarta parte é constituída somente de um capítulo, porém é o maior do livro contendo mais de cinquenta páginas, ou seja, quase um terço do livro. Este capítulo fala das qualidades sociais do habitat humano na criação original. Sendo que havia apenas duas pessoas no Jardim, o autor desenvolve uma longa conversa sobre as intenções originais do relacionamento estabelecido por Deus na criação entre Adão e Eva. O autor começa falando de Adão e então nos chama a atenção ao ponto em que Deus viu que não era bom que o homem estivesse só (Gn 2:18). Ainda que tudo que Deus tinha criado fosse bom, Deus, em sua onisciência soberana, viu havia uma lacuna faltando. A presença da mulher no Jardim é algo intencional e proposital. Todos os detalhes dessa história, desde o momento específico da criação da mulher e até mesmo o modo que Deus a cria, há um significado maior. A perspectiva do autor é que todo o relato de Gênesis é histórico, porém, todos esses modos e momentos tinham uma razão de ser. Da mesma maneira que Deus usou um momento histórico na vida de Davi quando o fez um pastor de ovelhas e isso levou Davi a ver, através da relação de cuidado do pastor com suas ovelhas, o relacionamento de Deus com seu povo fazendo com que assim ele se expressasse, de maneira inspirada, e escrevesse o Salmo 23, o fato de Deus ter criado primeiro o homem e depois ter dado a tarefa a ele de nomear todos os animais e só então ter criado a mulher também tem seu propósito divino. Depois de ter visto todos os animas, Adão percebeu que não havia nenhum compatível com sua natureza. Ele estava só no Jardim, no sentido de que não havia com ele nenhum semelhante, pois todos os animais eram inferiores a ele e Deus era infinitamente superior a Adão. Partindo dessa necessidade, Deus tinha de criar alguém da mesma natureza de Adão. Por Adão exclamou quando viu a primeira vez Eva: “Esta, afinal, é ossos dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2:23).
Campos nos mostra vários princípios que estão inseridos no texto de Gênesis que nos são base para o casamento. Tanto o papel do homem quanto o da mulher e também o do casal, como uma só carne, é mostrado de uma maneira muito precisa e muito bonita nesse capítulo. Vemos como a sociedade pós-moderna está acabando com a família e com toda a seriedade do casamento, transformando um lugar de escolha e decisão em um lugar de tentativas. Sem dúvida um capítulo muito relevante para a realidade atual.
A quinta parte trata da realidade espiritual do habitat humano. Embora curtos, os dois capítulos que integram essa última parcela do livro são de igual modo bem escritos e bem pensados. A análise do autor é sobre o culto a Deus no Jardim e também sobre a perfeição deste lugar. Ambos os capítulos trazem informações muito importantes de se notar no texto. Aspectos realmente que passam despercebidos.
O Habitat Humano é um livro maravilhoso. Ainda que haja pouco material sobre o assunto tanto em português quanto em inglês, este livro foi muito bem escrito e será muito útil a todos os que querem se aprofundar sobre o paraíso criado por Deus.


[1] O autor é membro da Igreja Presbiteriana do Brasil.


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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

sábado, 17 de novembro de 2012

A Pregação Que Deus Abençoa - Steven Lawson


Mais um vídeo traduzido pelo Revista Reformada à Escola Charles Spurgeon.


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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

Resenha de: "Amigos e amantes, como cultivar a amizade e intimidade no casamento"; por Joel R. Beeke




BEEKE, Joel R.. Amigos e amantes, como cultivar a amizade e intimidade no casamento. São Paulo: Vida Nova, 2012. 110 p.

A literatura cristã existe com algumas finalidades. A primeira e mais essencial de todas é para glorificar o nome do Senhor Jesus Cristo. Sem esse primeiro objetivo, todos os demais se tornam insignificantes e desnecessários. Além disso, ela serve para aperfeiçoar o cristão a viver uma vida mais centrada em Cristo e mais mergulhada em sua glória. Há ainda um terceiro objetivo que é para complementar o que é dito no púlpito. Devida à infinidade de situações que vivemos e da brevidade do tempo que o pastor tem no púlpito, é de responsabilidade do cristão buscar entendimento para áreas que necessitam de um melhor entendimento e correção. Ele deve fazer isso primeiramente buscando a Bíblia, lendo e meditando na Palavra do Senhor, e em seguida o seu pastor, presbíteros e crentes mais maduros na fé e na boa literatura cristã disponível.
O casamento é uma das áreas mais importantes da vida e uma visão Escriturística dele deve ser cultivada e buscada por todo cristão. O sexo também é está extremamente corrompido pela visão que o mundo traz sobre ele. O mundo faz uma caricatura horrorosa do que ele é, qual o objetivo e de como ele deve ser encarado. A perspectiva mundana, não só do sexo, mas do casamento de uma forma geral é ofensiva aos olhos de Deus. É com o intuito de mostrar uma visão do que as Escrituras Sagradas dizem sobre este relacionamento entre um homem e uma mulher que Joel R. Beeke escreve este livro.
Ele é dividido em doze capítulos, onde os três primeiros, que tomam a primeira metade do livro, falam da amizade e da sua importância dentro do casamento, e os outros nove falam sobre a sexualidade de um ponto de vista bíblico e como deve ela ser cultivada de uma maneira sadia e para a glória de Deus dentro do casamento.
Todos os capítulos do livro começam com um convite ao leitor. O primeiro convite feito é para que ele lembre-se das bases da amizade do casamento. O autor nos leva à criação e nos mostra como Deus em Genesis 1, 2 e 3 criou tanto o homem como a mulher à sua imagem e semelhança e que isso está intrinsicamente ligado ao relacionamento de ambos. A subordinação em amor e a cooperação mútua da Trindade é exemplo a ser seguido e referência para cultivar um amor santo e uma subordinação verdadeira do casal.
Um casamento em que a amizade é fraca implicará no enfraquecimento em todas as áreas do relacionamento. Uma amizade conjugal bem fundamentada, no entanto, dá muitos bons frutos se forem bem cultivados. E para cultivar bem esses frutos o autor convida o leitor a alimentar e a cultivar uma boa amizade conjugal. Ser o melhor amigo para seu cônjuge é essencial. É um dos motivos pelo qual você se casou. Fazer parte da vida um do outro, compartilhar a fé, cultivar a confiança, ser um amparo espiritual, incentivador na fé, repreender em amor, ser verdadeiro, um ombro amigo e saber entender as dificuldades um no outro. Todas essas coisas fazem a amizade no casamento.
O pecado contaminou todas as áreas da criação e o casamento não está isento disso. Na verdade, o casamento é a união de dois pecadores “que não [têm] direito a nada, exceto o de ser julgado por seus pecados”1. Por isso, Beeke agora convida o casal a resistir às tentações da amizade no casamento. Os problemas no casamento não são problemas novos que só surgem após o “sim”. Não, muitos problemas conjugais são os mesmo e velhos pecados de nossos corações insubmissos a vontade de Deus, eles só estão agora com uma nova roupagem. O orgulho, a vaidade, o egoísmo estão de cara nova e precisam ser identificados, arrependidos e tratados. Beeke nos ajuda a ver em algumas áreas delicadas dessa nova etapa.
O sexo é um dos elementos centrais do casamento, porém este é uma das criações de Deus mais distorcidas e prejudicadas pelo mundo durante toda a história da humanidade. É por esse motivo que Beeke continua os próximos nove capítulos falando o que a Bíblia diz sobre o sexo, de como ele deve ser visto, qual o propósito e de como deve ser encarado tanto pelo homem como pela mulher.
Um dos elementos centrais que Beeke usa em todo o seu livro, e principalmente agora, é que ambos, homem e mulher, são imagem de Deus. O sexo é um chamado à valorização dessa imagem um no outro. É evidente, e necessário, no livro a enfatizarão da destruição da caricatura demoníaca feita pelo mundo sobre o sexo. Há tanto o que se falar e minha habilidade é tão pouca, que prefiro deixar para o leitor descobrir por si só o que Joel R. Beeke escreve com tanta clareza neste livro.
Ainda que eu não seja casado, acho de extrema importância eu não seguir o mundo no que diz respeito ao sexo e casamento. Nós, jovens, que muitas vezes nos apressamos tanto para termos um relacionamento sem pensar do que se constitui o casamento, seus prazeres e suas obrigações, não somente um para com o outro, mas para com Deus, devemos buscar orientações de irmãos mais experientes e de boa literatura que Deus tem nos agraciado de ter em mãos. Joel R. Beeke trata muito bem essas questões neste livro que recomendo a casados, namorados e solteiros. Parabéns a editora Vida Nova pelo livro e pela Série Cruciforme.
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[1] p. 98

Fortaleza, 17 de novembro de 2012,
Hélio Sales


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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino

domingo, 23 de setembro de 2012

Curso Completo de Apologética - Antônio Neto




Aulas de apologética dada pelo Antônio Neto, professor de filosofia, apologética e teologia sistemática da Escola Charles Spurgeon.




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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Chuck Colson Fala Sobre Abraham Kuyper



Transcrição:


A frente evangélica conservadora pensou que eu estava ficando liberal porque eu estava passando muito tempo nas prisões. E ele disse para mim um dia, “você não está suficientemente fundamentado na visão realmente ortodoxa do cristianismo”. E eu pensei, “Para quem ele acha que está falando isso?”, eu me ofendi um pouco só por causa dele, mas eu não vou nomeá-lo. Ele disse para mim, “Bem, eu vou dizer o que você precisa fazer. Você precisa ler as palestras da conferência Stone em Princeton de 1898 dadas por Abrahan Kuyper”, e ele disse, “uma vez que você fizer isso, então eu poderei confirmar a sua ortodoxa bona fides (boa fé)”. E eu pensei, “Quem é esse cara para me desafiar? Eu sou um Marverick! Nunca me desafie ou diga que eu não posso fazer alguma coisa”. Então ele disse, “você tem que lê-lo. Eu não acreditarei em você se você não ler esse livro”. Bem, eu li o livro e ele mudou minha vida. Foi o mais poderoso e convincente argumento que eu já tinha visto. Toda a vida debaixo do Senhor da Cruz e toda a graça consumida, não apenas na salvação individual, mas na redenção do universo. E elas foram palestras brilhantes. E então eu comecei a estudar Kuyper, e eu me achei lendo e colocando minhas mãos em tudo que ele tinha escrito em adição às suas palestras, que são um clássico. E biografias da vida de Kuyper e eu queria fazer Billy Graham 2000. Eu visitei os arquivos de Kuyper porque eu queria ver alguns de seus escritos e esse cara solitário que era o arquivista da Universidade Livre a qual Kuyper fundou. O homem solitário disse, “ninguém vem para cá”. Eu falei, “Os holandeses?”. Ele, “Não, não. As pessoas de casa que o esqueceram”. Uma figura esquecida da história foi primeiro ministro e tudo. Um grande teólogo e um incrível defensor articulado do que nós chamamos de uma visão bíblica de mundo, uma visão bíblica de toda a realidade. Então, eu fiz o meu melhor para popularizar Kuyper, porque eu acredito que essa é a necessidade que a sociedade de hoje precisa desesperadamente. É olhar para toda a vida com os olhos de Deus, porque nós veremos as coisas de uma maneira bastante diferente de como nós vemos por nós mesmos.

Chuck Colson  foi um escritor, jurista, ativista, político e o conselheiro chefe do presidente norte-americano Richard Nixon entre 1969 e1973. Investigações sobre seu envolvimento no caso Watergate, criaram uma grave crise política. Iniciou-se então, um processo de impeachment contra o Presidente Nixon, que acabou renunciando.
Alguns meses mais tarde, Charles Colson foi preso e condenado a três anos de prisão federal após confessar seu envolvimento em obstrução de justiça no escândalo Watergate. Neste intervalo, converteu-se ao cristianismo e mudou radicalmente sua vida. Após sete meses de prisão, Colson sai em condicional e passa a se dedicar a promover assistência social e espiritual a presidiários, fundando a organização Prison Fellowship Ministries.
A organização auxilia presidiários, ex-presidiários, através de programas de capacitação vocacional, educacional e espiritual que facilitem reintrodução na sociedade diminuindo os índices de reincidência. Também possui programas de apoio aos familiares de presos e às vítimas e famílias afetadas por crimes.




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sábado, 30 de junho de 2012

Revista Reformada - Sermões Expositivos na Carta de Tiago 9 de 9



A eficácia da oração

Referência: Tiago 5.13-20

13Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores. 14Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. 15E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. 16Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. 17Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. 18Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos. 19Meus irmãos, se algum de vocês se desviar da verdade e alguém o trouxer de volta, 20lembrem-se disso: Quem converte um pecador do erro do seu caminho, salvará a vida dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados”.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Apologética - Antônio Neto - Aula 2









Aulas de apologética dada pelo Antônio Neto, deão acadêmico da Escola Charles Spurgeon.






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domingo, 20 de maio de 2012

Resenha de: “O Pastor como Mestre e o Mestre como Pastor”; por John Piper e D. A. Carson.


O livro é dividido em duas partes, assim como essa resenha. 

Parte I – O Pastor-Mestre


Em uma leitura bastante agradável desse primeiro capítulo pude confirmar algumas coisas que já havia pensado, observado e sentido. A primeira é que a vocação para o ministério não é algo místico. Ou seja, ela não é um impulso desenfreado que nos agarra de tal maneira que tudo que podemos fazer é largar o que estamos fazendo e irmos para o púlpito. Por mais que as experiências dos apóstolos não excluam esse tipo de chamado na história, acredito que eles estavam em uma ocasião bastante especial e única, que poucos tiveram o privilégio de estar. Acredito que a forma convencional que Deus usa para chamar homens ao pastorado é progressiva e cheia de fazes onde cada uma é especialmente relevante para a formação intelectual e para a maturidade de cada ministro do Evangelho.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Efésios: Uma Miniatura da Doutrina da Igreja - James Boice



Confira mais um vídeo traduzido pelo Blog Revista Reformada para a Escola Charles Spurgeon.








James Montgomery Boice , Th.D. foi um teólogo reformado, professor de Bíblia e pastor da Décima Igreja Presbiteriana da Filadélfia , de 1968 até sua morte. Boice recebeu um diploma de The Stony Brook School (1956), um A.B. da Harvard University (1960), uma B.D. de Princeton Theological Seminary (1963), um Th.D da Universidade de Basel na Suíça (1966), e um D.D. (honorário) do Seminário Teológico da Igreja Episcopal Reformada (1982). Ele morreu em 15 de junho de 2000.







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domingo, 15 de abril de 2012

Apologética - Antônio Neto - Aula 1









Aulas de apologética dada pelo Antônio Neto, deão acadêmico da Escola Charles Spurgeon.






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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Deus abundante em Amor - D. A. Carson





Deus Abundante em Amor - D.A.Carson from Escola Charles Spurgeon on Vimeo.

Confira mais um vídeo traduzido pelo Revista Reformada para a Escola Charles Spurgeon.

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quinta-feira, 8 de março de 2012

A Cruz de Cristo - R. C. Sproul




- Transcrição -


Cristo Crucificado – R. C. Sproul

A Escritura para essa noite está na primeira carta de Paulo aos Coríntios. Eu lerei do primeiro capítulo começando no verso 17 até o verso 25. Aqui está a palavra de Deus:
Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Pois está escrito: "Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes". Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação. Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem.
Então no capítulo dois Paulo diz: “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Coríntios 2:1-2). Quem tem ouvido para ouvir a Palavra de Deus, ouça.
Vamos orar. Oh, Poderoso e Eterno Deus, Tu que nos adotou no Amado. Nós pedimos que nós consideremos isso, o que o mundo considera tolice, que Tu nos agarres com sua Sabedoria e com o seu Poder. Nós oramos em nome de Jesus. Amém.

No ano 220 A. C., um livro muito estranho foi publicado e o seu autor era ainda mais estranho que o livro que publicou. Porque, nesse livro, que o autor dedicou para o rei da cidade de Syracuse, na costa sul da Sicília. Nesse livro o autor pensou em calcular quantos grãos de areia seriam necessários para encher todo o universo. Você pode imaginar um trabalho mais bizarro que esse? Essa foi uma das últimas coisas que esse homem fez antes de morrer. Contemplar o número de grãos de areia que seria necessário para encher o universo. Recentemente eu estive pregando no livro de Atos e mencionei a nossa congregação que quando Paulo veio a Atenas e viu a cidade completamente entregue a idolatria, ele começou a proclamar a Cristo aos filósofos reunidos na área do Areópago. A Bíblia diz que eles olharam para o Apóstolo e disseram: “O que está tentando dizer esse tagarela?” (Atos 17:18). E é uma tradução estranha, porque a palavra que é traduzida por tagarela, literalmente quer dizer “apanhador de sementes”. Um “apanhador de sementes” é alguém que anda pela cidade escavando sementes do chão, se alimentando de substâncias proveniente delas. Assim como uma pessoa moderna faz vasculhando latas de lixo. Se já existiu um “apanhador de sementes” no mundo antigo, foi esse homem que tentou contar o número de sementes que encheriam esse universo. O nome do livro você pode recordar, se você viveu naquele tempo, ou recordar a sua história, foi chamado de “O Contador de Areia”. Novamente, como eu disse, escrito logo antes do homem morrer.
Ele morreu quando sua cidade ficou sob o cerco de um general romano, que o apelido era a espada de Roma. Esse general era Marcus Claudius Marcellus. E quando ele trouxe as suas tropas e, de fato, a marinha romana para se mover contra a cidadela de Syracuse, ele estava completamente atônito com a resistência que encontrou lá durante o cerco. Ele teve que trabalhar fervorosamente para manter suas tropas sem ceder ao desânimo. Porque, para o seu espanto, eles encontraram máquinas de guerra às quais nunca tinham visto antes, que eram muito mais sofisticadas do que qualquer equipamento militar que os romanos haviam inventado até aquele momento. Uma daquelas máquinas de guerra era a catapulta. Mas outra que provavelmente... não provavelmente, certamente era mais assustadora, era uma que, a medida que os navios romanos se aproximavam dos penhascos do lado de fora de Syracuse, os marinheiros olharam para cima e viam essa enorme mandíbula descendo do céu e agarrava um dos navios romanos, levantava-o a cem metros do chão, no ar. Então as mandíbulas eram liberadas e o navio e sua tripulação caiam nas pedras e eram esmagadas em pedacinhos. Eles não podiam acreditar o que eles estavam vendo! Até que a mandíbula se movia para o próximo navio, vinha abaixo, o agarrava, então o levantava ao ar e o jogava sobre as rochas. Os marinheiros sobre o comando de Marcus Claudius Marcellus estavam aterrorizados. Finalmente os romanos foram vitoriosos e o comado do general foi que o engenheiro que desenvolveu esses novos equipamentos para os sicilianos ficasse ileso. Aquele mandato foi ignorado por um dos soldados recrutas que estava tão irritado pelo engenho desse homem que se aproximou dele enquanto este estava fazendo equações matemáticas na areia e o matou ali mesmo. E assim Arquimedes encontra sua morte. Agora você sabe o resto da história.
Arquimedes é famoso por ter descoberto a lei do empuxo em sua banheira e correr nu pelas ruas gritando: “Eureca, eu descobri!”. E mesmo que seu livro, “O Contador da Areia”, pareça ser tão absurdo para nós hoje, a sua estimativa da quantidade de grãos de areia que encheria o universo corresponde, quase exatamente, com as estimativas calculadas por cientistas do século XX. Apenas há poucos anos atrás.
Eu acredito que é correto afirmar que Arquimedes foi um dos homens mais brilhantes não somente no mundo antigo, mas que já pisou nesse planeta. E eu acho que você se lembra das palavras que ele falou ao rei de Syracuse em uma ocasião quando o rei estava maravilhado com todas essas máquinas que Arquimedes tinha projetado. Arquimedes disse a ele: “dê-me uma alavanca longa o suficiente e um ponto de apoio, e eu posso mover todo o mundo”. Lembram-se disso? “Dê-me uma alavanca longa o suficiente e um ponto de apoio, e eu posso mover todo o mundo”.
Um pouco mais de duzentos anos depois que Arquimedes fez essa pronunciação, uma alavanca foi encontrada que era longa o suficiente para mover o mundo. Era uma árvore, de aproximadamente 3 metros de altura. E o lugar em que foi colocado foi descoberto. Porque a Cruz era a alavanca que virou o mundo de cabeça para baixo. Foi a Cruz que revelou o poder, não da engenhosidade de Arquimedes, mas o poder do próprio Deus para escrever um mundo às avessas. E foi a mensagem daquela Cruz que mudou o mundo para sempre. E a Cruz, de acordo com o que os apóstolos nos ensinam aqui em primeiro coríntios tem um significado visível e invisível.
Eu lembro quando eu era um estudante de faculdade sendo fascinado, mais que fascinado, sendo absolutamente agarrado pelo romance americano, escrito por Herman Melville, Moby Dick. Há uma porção daquela história quando Ahab e sua luneta buscam a baleia albina. Ele está perdendo a paciência, está no ápice de histeria, em seu desejo apaixonado de achar Moby Dick, que ele posta uma recompensa para a primeira pessoa a bordo do Pequod que avistasse esse monstro. Então Ahab foi para o mastro principal do navio. Ele pegou um martelo, um prego e pregou um dobrão de ouro no mastro principal do navio. E disse: “Qualquer um que veja a baleia e gritar, ganhará o dobrão de ouro”. E então o que acontece a partir desse momento no romance é uma introspecção por Melville nas noções humanas dos membros da tripulação. Um por um eles vêm para o centro do navio, olham para o mastro principal, olham para o dobrão de ouro e começam a pensar e expressar o que esse dobrão de ouro significa para eles. Starbuck, Stubb, os vários membros da tripulação olham para isso e pensam o que eles podem fazer com o dinheiro que aquele dobrão vale. Quantos cigarros eles comprariam? Que riquezas estariam ali? E todos eles tinham uma visão completamente diferente. Era totalmente subjetivo. Até que o camaroeiro irracional Pip veio dançando até o mastro principal e disse: “Eu vejo, você vê, todos nós vemos!”. E ele debochou dos membros da tripulação porque eles todos tinham uma visão diferente da significância e do significado daquela moeda.
Frequentemente eu penso nisso quando eu leio os relatos do Novo Testamento sobre a Cruz de Cristo. Caifás olhou para a árvore e disse que era necessário que um homem morresse para o bem da nação. Para ele era um evento de conveniência política para tirar os romanos de suas costas. Pilatos, também olha para ele do ponto de vista de conveniência, mas também no inverso. Quando ele diz, “Oh, se eu der Jesus para essas pessoas e eles permitirem, e o matarem, então isso irá acalmar essa máfia tumultuosa de Judeus e os manterá sobre controle”. O centurião olhou para ele e disse: “Certamente, esse homem era o Filho de Deus”. As pessoas viram a execução de um impostor, outros a destruição de um sonho. Mas se você estivesse lá e você estivesse observando a morte de Cristo no madeiro, você teria visto naquele evento, um ato cósmico de redenção? Você teria testemunhado na morte deste judeu a propiciação de um Deus Santo por um sacrifício perfeito? Você teria visto, nesse evento, a expiação ou a remissão dos pecados de todos o que colocaram a sua fé nele? Amado, isso era invisível para qualquer expectador da Cruz. Como nós sabemos que a Cruz foi o ato supremo de redenção? Seu significado e significância não foram visíveis exteriormente para aqueles que estavam ali na carne. Para eles era tolice. Isso não era conhecido pela sabedoria deste mundo. Não poderia ter sido conhecido, salvo pela revelação especial do nosso Todo-Poderoso Deus. Todas as aparências externas pareciam exibir a fraqueza de Cristo, e ainda assim, os apóstolos diziam que era o poder de Deus. O poder de Deus para virar o mundo de cabeça para baixo, o poder de Deus para virar você de cabeça para baixo, o poder de Deus para me virar de cabeça para baixo.
Agora, no capítulo 2, Paulo diz: “Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado” (1 Co 2:1-2 - NVI). Agora, o apóstolo está dizendo isto aqui um pouco no sentido de hipérbole. Porque Paulo gastou muito tempo explicando muitas coisas, sobre o reino de Deus. Ele falou não somente sobre a Cruz, mas ele falou sobre a ressureição, falou sobre a ascensão, falou sobre o retorno de Jesus, falou sobre justificação, santificação e todas essas coisas. E aqui ele diz, “quando eu vim a vocês, eu vim absolutamente determinado saber nada, exceto Cristo e este crucificado”. Isso pode soar como hipérbole, mas se você examinar as profundezas e as riquezas da Cruz e tudo mais que Paulo estava pregando, essas coisas eram simplesmente notas de rodapé para aquela afirmação central da Cruz de Cristo. É a ressureição que demonstra a eficácia da Cruz. E todo o resto dessas coisas estão inerentemente relacionadas a ela.
Escute o que mais ele disse: “Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês” (1 Coríntios 2:2-3 - NVI). Acredito que há um segredo ai para o ministério. Acredito que há uma razão porque o apóstolo dos gentios foi tão efetivo em seu ministério. Claro, a primeira razão é porque o seu ministério foi o ministério da Palavra e foi no poder da Cruz, a qual é o poder de Deus para a Salvação. Mas sobre uma perspectiva humana, Paulo diz o que? “Quando eu vim a vós, eu estava convosco”. É isso que nós queremos dos nossos pastores. Que nossos pastores não sejam contra nós, superiores a nós ou distantes de nós, mas que sejam conosco. Paulo disse: “E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus” (1 Coríntios 2:3-6).
Noite passada, senhores e senhores, a Convenção Batista do Sul concluiu 15 mil representantes. Nós estávamos aqui em Orlando, logo ali no corredor, não, descendo o corredor. Ao lado desta ala do centro de convenções. Foi um caos essa semana em Orlando. Eu fiquei surpreso de quanta atenção a imprensa e a mídia secular deram para a Convenção Batista do Sul. Eu não estava surpreso pelo tempo desfrutado aqui em Orlando esta semana passada pela imprensa de críticos de batistas. A hostilidade expressada da mídia pelas posições tomadas na Convenção Batista do Sul sobre várias questões, foi excedida apenas pela a sua ignorância. Se você fosse ler os editoriais... Eu não vim para bater na imprensa eu só quero apontar que as respostas... foram demais para mim. Como eles entenderam pouco as questões! Como teologicamente ignorantes a imprensa foi. Eu li alguns editoriais e alguns ensaios no Orlando Sentinel [Jornal]... Eu disse: “onde essas pessoas estiveram?”, eu quero dizer, eles poderiam pelo menos ter perguntado a um dos teólogos por que eles estão tomando essa decisão, em vez de simplesmente reagirem da maneira como reagiram, em vez simplesmente fazerem suposições das coisas que eles decidiram sem qualquer entendimento das coisas de Deus! E então eu pensei: “espere um momento, é por isso que nós estamos aqui esta semana”. As coisas pelas quais estas pessoas estão preparadas para morrer, a imprensa secular não entende nada! Eles olham para a Igreja Batista de Sul e pensam que é uma congregação de idiotas! De Tolos! Que estão completamente sem noção do que é politicamente correto em nossos dias e em nosso tempo! Um artigo que eu li disse: “Parece que no livro em que Paulo fala que ele não permite a mulher ter autoridade sobre o homem também diz para as mulheres não ter cabelo trançado. E os batistas estão todos animados sobre não mandar nas mulheres, mas ainda sim eles não dizem nada sobre as tranças que as mulheres estão usando. Eles realmente não acreditam na Bíblia”. E eu pensei comigo mesmo: “Bem... ai está uma hermenêutica profissional”.
Mas você ama a Cruz e você ama o Evangelho. Por quê? Se você não o vê como outra tolice e fraqueza. Por que não? Eu acredito, claro, que o maior teólogo, maior filósofo, o maior pregador, que já passou por esta terra foi Jonathan Edwards. Quando nós pensamos sobre Jonathan Edwards hoje, ele é mais conhecido pelo seu sermão “Pecadores Nas Mãos de um Deus Irado”, do que por qualquer outra coisa. Mas o que pôs Edwards no mapa teológico foi um sermão diferente que foi pregado muito antes do que o sermão “Pecadores Nas Mãos de um Deus Irado”. E esse serão foi intitulado: “Uma luz divina e sobrenatural”. Edwards estava falando da doçura e da excelência do Ministério de Deus, o Espírito Santo, que nos ilumina para que nós possamos ver a doçura e a sabedoria da Cruz. Sem o Espírito tirar as escamas dos nossos olhos, nós nunca contemplaríamos a amorosidade de Cristo. Nós gastaríamos nosso tempo marchando em protestos ao redor da assembleia de crentes Cristão. Mas Paulo fala disso no segundo capítulo de primeiro Coríntios quando ele fala no verso 6: “falamos de sabedoria entre os maduros, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada”. Deixe-me parar aqui por um segundo antes de eu continuar com este texto. Eu acredito que a maior ameaça à nossa igreja hoje, é baseada em nosso grande desejo de ser aceitável à cultura secular. Nós queremos ser aceitos, ninguém quer ser considerado um tolo. Ninguém quer ser considerado estúpido. Amado, eu passei toda a minha vida no mundo acadêmico e eu sei que a maior fraqueza moral dos professores cristão é a sua intimidação pelo mundo por medo de que eles sejam considerados menos academicamente aceitos se eles sustentarem tais posições, como a inspiração da Bíblia, ou a exclusividade de Cristo, essas ideias que o mundo rejeita. Então nós damos o fora. Nós perdemos nossa coragem. Porque nós não queremos que pensem que somos fracos, mas quem é fraco? Nós não somos fracos. Paulo diz: “eu estou com você em sua fraqueza”. E a força de Deus é maior que a fraqueza.
Agora mesmo enquanto estou falando, um dos amigos mais próximos que eu tive na minha vida inteira está em seu leito de morte. Em nossas esperanças, ele estava escalado para está aqui esta semana, mas não era esse o plano de Deus. E ele está morrendo na fé. E ele está morrendo em triunfo. E ele está morrendo em alegria! Mas eu lembro, apenas um ano atrás, quando James Boice e eu estávamos juntos sozinhos e ele estava olhando para a paisagem de um mundo evangélico, ele encolheu os ombros e disse: “R. C., nós estamos rodeados de bananas”. Eu não sei quantas vezes isto passou pela minha cabeça. E eu disse: “Oh Deus, não me deixe ser um banana. Não me deixe ser um covarde que corre quando o mundo é hostil, quando o mundo ri, quando o mundo me considera um tolo”. O que mais você gostaria de ser do que um tolo por Cristo? É a maior honra que você poderá ter! É ser um tolo por Jesus Cristo! Porque esta tolice é a sabedoria do próprio Deus! Nunca vamos esquecer isso.
“Falamos de sabedoria entre os maduros, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada” (1 Coríntios 2:6-7). Por que você estaria interessado por cinco minutos sobre correção política? Todas as ideologias, filosofias, as cosmovisões que marcam este mundo presente estão se tornando nada.
“Pelo contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória” (1 Coríntios 2:7). Como é? Isso não é estranho? Porque quase sempre quando a Bíblia fala de Glória é isso que é dado a Deus! Na verdade, o que Deus diz? “A minha glória não darei a outrem” (c. Is 42:8). E ainda assim, desde a fundação do mundo, Deus determinou e decretou que por causa da Cruz e por causa do seu unigerado Filho, Deus daria a seu povo, compartilhamento e participação de sua glória, que o mundo pensa que é loucura.
“Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Todavia, como está escrito: ‘Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam’; mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente” (1 Coríntios 2:8-13). Pense sobre essa passagem. O Espírito sonda as coisas profundas de Deus. Agora, esse é um texto ao qual nós podemos facilmente entender mal. Porque quando nós pensamos em sondar, nós pensamos em procurar alguma coisa que está perdido, ou procurar por alguma coisa que nós ainda não descobrimos, que nós estamos tentando achar alguma verdade que ainda não foi penetrada. Que verdade o Espírito Santo tem de procurar? Amado, o Espírito Santo é Deus! O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade que possui todos os atributos de Deus. O que significa que não apenas o Pai é onisciente, mas o Espírito Santo é igualmente onisciente. Então não há nada na mente do Pai, que já não seja conhecido, eternamente conhecido, absolutamente conhecido e perfeitamente conhecido por Deus, o Espírito Santo. Então por que a Bíblia diz que o Espírito Santo sonda as profundezas de Deus? O que Paulo está dizendo é realmente simples. O Espírito Santo não está sondando as profundezas de Deus para benefício do próprio Espírito Santo, para a Educação do próprio Espírito Santo, mas o Espírito põe um holofote no mundo de Deus para nós! Ele sonda a sabedoria de Deus e a revela a nós! Existe um clichê em comunidades Cristãs que às vezes nós dizemos frequentemente, mas pela graça de Deus, Glória. Eu olho para as pessoas, que não entendem. Quando eu li os artigos que mencionei antes no jornal, e eu vi o agrupamento no escuro dos críticos da fé que não tinha nenhum entendimento sobre o que essas coisas são. Eu tenho que dizer lá, mas pela sondagem do Espírito, Glória! É por isso que nós temos que entender quão hostil o mundo possa ser para a Cruz e a hostilidade que eles podem ser conosco. Deus não nos chamou para sermos os policiais do mundo, mas Ele nos chamou para proclamar [o Evangelho] por causa da perda deste mundo. Este mistério está escondido dos olhos deles. Esperando que quando alguém proclame a Palavra fielmente, precisamente e audaciosamente, Deus atenderá a proclamação dessa Palavra com o poder e com o discernimento de Deus, o Espírito Santo. Meu trabalho não é abrir o seus olhos, abrir o seus ouvidos ou abrir os seus corações. E eu sou tão satisfeito, porque eu sou tão incapaz de cumprir essa tarefa. Eu não tenho o poder para abrir os olhos de ninguém. E se isso pudesse ser feito por eloquência, nós gastaríamos todo o nosso tempo aprendendo como falar apropriadamente. Se fosse possível ser feito apenas por argumentações, nós poderíamos gastar todo o nosso tempo em debates. Não é assim que Paulo veio. Ele veio no poder do Espírito de Deus. E a sua preocupação era, “eu não ligo se a minha gramática é perfeita. Eu não ligo se eu não analiso tudo exatamente. Mas eu estou determinado saber nada, exceto Cristo e este crucificado”. Então ele ia para a sinagoga, todo dia, e quando ele era expulso da sinagoga, ele ia para Ágora, ele ia para o mercado. E o que ele fazia quando ele chegava a Ágora? O que ele fazia quando chegava à sinagoga? Ele não sabia nada, mas Cristo e este crucificado. Ele dizia: “deixe-me falar sobre a alavanca que vai mudar o mundo: A Cruz”.
“Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus” (1 Coríntios 2:12-14). Por que não? Vou dizer mais uma vez. “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois ‘quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?’ Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1 Coríntios 2:14-16). Quer virar o mundo de cabeça para baixo? Olhe para o mundo através dos olhos de Jesus. Eu acredito que é o ouro dos Cristãos em santificação ser tão guiado e fundamentado nesta Palavra, na revelação da verdade de Deus que nós chegamos no lugar que nós amamos o que Jesus ama e que nós odiamos o que Jesus odeia. Nós abraçamos o que Cristo abraça e rejeitamos o que Cristo rejeita. E é isso que é oferecido pelo Espírito Santo para todo crente. Então nós não vamos olhar para a Cruz como essa tripulação e como o camaroeiro olharam para dobrão de ouro e disseram: “eu vejo, ele vê, eles veem, nós todos vemos”. Mas nós vemos Cristo! E nós vemos ele crucificado! Nós o vemos não de uma forma pluralista americana de uma maneira em várias, mas nós vemos a Cristo como o único Filho Gerado, nós vemos a Cristo como o mediador da alma entre Deus e o homem. Porque ninguém, ninguém mais, foi jamais crucificado pelos meus pecados. E foi isso que a igreja perdeu. O foco na Cruz. E quando nós voltamos e vemos a Cruz, da maneira que a Palavra de Deus nos revela, da maneira de como o Espírito abre os nossos olhos para o significado da Cruz e nós vemos a nós mesmos à luz da Cruz, então talvez, as pessoas vão falar sobre nós como as pessoas que giraram o mundo de cabeça para baixo.
Vamos orar. Pai, Tu nos deste uma alavanca longa o bastante, forte o bastante e um lugar para afixa-la pela qual nós podemos mover o mundo. Mas nós deixamos a alavanca cair, e nos movemos daquele ponto de referência. E o mundo não mudou. Dá-nos uma nova paixão pela Cruz, por Cristo e por este crucificado. Através dessa divina e sobrenatural luz, a qual o Espírito sonda todas as coisa, nós seremos completamente agarrados pela doçura e a excelência de Jesus. Nós não iremos descansar, até que seu nome seja conhecido por todo o mundo. Nós pedimos em Seu nome. Amém.



Tradução, Adaptação e Legenda: Hélio Sales

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“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” João Calvino
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